"O que nós temos a fazer é dar a nossa solidariedade às famílias das jovens vítimas desse psicopata, desse animal" " Massacre de Realengo - RJ

sábado, 9 de abril de 2011

O Atirador de Realengo - RJ

O Brasil tem passado por grande período de comoção social com o Massacre de Realengo. Quem poderia imaginar que um caso desses aconteceria em território brasileiro? Quem poderia pensar que um garoto comum seria capaz de cometer algo tão malígno, cruel e de cunho imperdoável? O que motivou este ser a se tornar alguém tão indesejável no Brasil e no mundo? Muitas perguntas e, às vezes, sem muitas respostas.
      Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, adotado, calado, suspeito, icognável, misterioso, inteligente, assassino, cruel, suicida. Estes são alguns dos adjetivos que podemos citar a cerca de tal pessoa.  Wellington, o atirador de Realengo entrou para história. Assim como o Massacre de Columbine, o mundo não conseguirá esquecer o Massacre de Realengo.
      O massacre de Columbine aconteceu em 20 de abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (apelido ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (apelido VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores. Harris e Klebold deixaram uma nota, encontrada perto dos corpos: "Não culpem mais ninguém por nossos atos. É assim que queremos partir". Faltavam apenas 17 dias para o fim do ano letivo. Ao todo Eric e Dylan mataram treze pessoas entre alunos e professores por não se sentirem aceitos pelos colegas.
      Um irmão de Wellington que preferiu não se identificar por temer retaliação disse a um jornal: “Desde pequeno ele tinha distúrbio mental e sofria isso que chamam de bullying”. Ele era costumeiramente ridicularizado pelas meninas por causa de sua aparência. “Lembro do dia em que ela chegou com aquela criança assustada no colo. Ele tinha de 6 a 7 anos quando começou a tomar remédios controlados.” A cerca disso, o irmão de Wellington esclarece que o mesmo sofria de esquizofrenia.
      Segundo o irmão de Wellington, por volta dos 13 anos de idade, ele parou de tomar os remédios: “Desde então sua esquisitice só piorou. Ele tinha obsessão pelo Velho Testamento da Bíblia”. Wellington piorara ainda mais quando seus pais morreram e lhe deixaram sua casa em Sepetiba, no Rio de Janeiro. Acredita-se que há cerca de dois anos ele vinha planejando o ataque. Segundo testemunhas, era viciado em internet, passou a ler manuais de fabricação de explosivos e manuseio de armas, além de pesquisar atentados terroristas, com predileção por homens-bomba do Oriente Médio. Ele tinha preferência por cenas violentas e foi censurado pela família por comentar com empolgação o atentado contra Nova York, em 2001.
      Wellington ainda possui mais cinco outros irmãos onde três moram no Distrito Federal. A família de Wellington sofre com a atitude do irmão. Alguns irmãos foram afastados dos seus empregos e muitos temem se manifestar temendo que a população os venha culpar. Culpar de quê, afinal? Porventura há culpa para eles em decorrência do crime cometido por seu irmão? Os Oliveira Alves, irmãos adotivos de Wellington se manifestam em relação às famílias das vítimas através de um irmão dizendo: “Sou pai e avô e posso sentir o tamanho da dor dessas famílias. A única coisa que podemos fazer é lamentar do fundo do coração.”
      O Massacre de Realengo deixou 11 mortos sendo dez meninas e um menino. Acredita-se que a preferência de Wellington na execução de meninas se deu por, no passado, as meninas de sua escola terem “caçoado” de sua aparência. Wellington utilizou duas armas ao mesmo tempo e descarregou mais de 60 balas. Ele deixou uma carta-testamento onde faz questão de se apoiar em um fanatismo religioso e, tenta pedir perdão pelo o que fez. A carta ainda relata que o desejo de Wellington é de que a casa herdada pelos pais seja convertida em uma ONG para proteção dos animais. Na carta há fortes indícios da premeditação do crime e de seu suicídio após o feito, pois nela consta um trecho em que ele deseja ser enterrado ao lado de sua mãe e, ser velado em um lençol branco e desnudo.
      Este massacre me fez lembrar outro massacre (fictício) ocorrido na série americana chamada Grey’s Anatomy. O final da sexta e início da sétima temporada contam a história do Sr.Clark, cuja mulher teve morte cerebral atestada pelos médicos. Ele retorna ao hospital para se vingar dos Drs.Shepherd, Webber e Lexie Grey, médicos que diagnosticaram e autorizaram o desligamento dos aparelhos da Sra. Clark. Ao encontrar médicos, atira neles, pois acredita que "está evitando mais mortes causadas dentro desse hospital. Morreram nove médicos do Hospital de Seattle.
      O sentimento do povo brasileiro é de desolação ante ao fato ocorrido. A cantora Pitty escreveu em seu twitter que o povo brasileiro não precisa importar crimes hediondos, pois já enfrenta os seus muitos. O que nos resta é orar, rezar, emitir vibrações positivas para as famílias das vítimas. Há muitas coisas ocultas nessa história e o perfil do atirador ainda não fora traçado. São muitas perguntas correlacionadas a ele que talvez nunca sejam esclarecidas.
      Um fato curioso que me chamou atenção foi acerca do Massacre de Columbine. Cassie foi morta quando Eric e Dylan a perguntaram se ela acreditava em Deus. Se ela dissesse não, eles poupariam sua vida, mas ela disse sim, mesmo sabendo que seria morta, apesar do que, tal especulação jamais foi confirmada pelo FBI. Este fato serviu de inspiração para a música "Cassie", escrita por Lacey Mosley da banda Flyleaf, e "This Is Your Time", do cantor e escritor Michael W. Smith, em homenagem a Cassie Bernall, uma das estudantes assassinadas.

"Que tragédia, que massacre! É óbvio que não poderia deixar de mencionar este fato no meu espaço. Confesso que estou muito triste pelo ocorrido, pois nunca imaginei que algo parecido e doentio pudesse ser feito em terras brasileiras. Que Deus conforte as famílias das vítimas. Não há quem culpar, pois o verdadeiro culpado tratou de aniquilar a si mesmo. Em LUTO pelas crianças."